Aborto judicial em Munique: motorista de táxi inocente está em julgamento!
Um motorista de táxi de Munique foi falsamente acusado de danos criminais. O tribunal encerrou o processo.

Aborto judicial em Munique: motorista de táxi inocente está em julgamento!
Um motorista de táxi de Munique, Mustafa N. (33), enfrenta atualmente as consequências de um erro judicial que parece quase bizarro. Ele foi falsamente acusado de danos criminais depois que um colega chutou o espelho de um Audi estacionado durante uma discussão. O dono do carro, lojista, prestou queixa após tirar foto da placa do táxi. No entanto, o tribunal distrital concluiu que Mustafa N. não estava na cena do crime no momento do crime, mas sim em Ingolstadt, o que questiona significativamente as provas. Relatórios de Mercúrio.
A polícia aparentemente foi negligente em sua investigação. Um ponto crucial: Mustafa N. é quase 20 cm mais baixo que o próprio autor do crime. Durante o julgamento, o lesado disse ainda que o autor do crime deve ter “encolhido”, o que levantou mais dúvidas sobre a sua declaração. Apesar destas provas claras, Mustafa N. teve de suportar o estressante julgamento, enquanto o seu advogado Albert Cermak criticou duramente a investigação inadequada da polícia.
As consequências para o taxista
Após o encerramento do processo, cujos custos foram suportados pelo tesouro do estado, Mustafa N. não se vê agora apenas confrontado com um erro judiciário. Ele largou o emprego e gostaria de se reorientar profissionalmente. O assunto o atingiu com força. O dono da loja, que apresentou queixa falsamente, exige também uma indemnização de 4.700 euros – um valor que neste momento é difícil para o taxista pagar.
Os erros judiciais não são um fenómeno novo e não afectam apenas a área penal, mas também podem ocorrer no direito civil e público. O termo erro judiciário refere-se a erros cometidos no judiciário, sendo aqueles condenados injustamente considerados vítimas da justiça. A falta de provas cuidadosas, a orientação errada por parte de testemunhas ou erros processuais podem contribuir significativamente para o aparecimento destes erros, tais como Wikipédia explica.
Embora os erros judiciais sejam raros na Alemanha, estima-se que uma em cada quatro sentenças criminais esteja incorreta. No entanto, os novos julgamentos para corrigir estes erros são dificultados por grandes obstáculos, com apenas cerca de 1 em 8.900 casos a terminar com sucesso num novo julgamento. Isto torna-se particularmente explosivo quando pensamos nos famosos denunciantes de erros judiciais, como os casos de Gustl Mollath ou Michael Perez, que chegaram às manchetes devido a enormes falhas judiciais.
Um memorial pela justiça
O que aconteceu a Mustafa N. não é apenas uma tragédia pessoal, mas também destaca todo o sistema judicial e mostra a rapidez com que alguém pode tornar-se vítima do sistema judicial. Resta esperar que o verdadeiro autor seja encontrado e que Mustafa N. receba a indemnização a que tem direito. O seu caso juntar-se-á a uma série de erros judiciais que põem à prova a confiança do público no Estado de direito - uma circunstância que também Wikipédia documentado em detalhes.
Um triste olhar para o lado negro do sistema jurídico, cujos erros podem afectar gravemente não só os tribunais, mas também cidadãos inocentes.