Mercedes-Benz luta pelos direitos humanos e por uma sociedade aberta nos EUA
O oficial de direitos humanos da Mercedes-Benz, Jürgen Gleichauf, informa sobre a legislação da cadeia de abastecimento e a responsabilidade social nos EUA.

Mercedes-Benz luta pelos direitos humanos e por uma sociedade aberta nos EUA
A sustentabilidade e os direitos humanos são o foco da indústria automotiva. A Mercedes-Benz assume uma posição clara na discussão atual. Jürgen Gleichauf, que atua como diretor de direitos humanos da empresa desde janeiro de 2023, destaca os valores e compromissos que a Mercedes representa nos Estados Unidos e no mundo. O experiente gestor, que também atua como Chief Compliance Officer, segue uma linha clara: está convencido de que os direitos humanos são universais e não param nas fronteiras. Embora o quadro jurídico nos EUA permaneça inalterado, a empresa está ativamente empenhada numa sociedade aberta e concentra-se particularmente nos direitos dos grupos vulneráveis. Esta decisão foi tomada para aumentar a sensibilização para as questões de direitos humanos nos Estados Unidos e promover normas internacionais, como a Carta dos Direitos Humanos das Nações Unidas. Isto é relatado por Capital.
O que está realmente por trás dos desafios globais com os quais as empresas têm de lidar hoje? O trabalho infantil, a exploração e a discriminação, em particular, são comuns em muitos países e setores em todo o mundo. Para neutralizar estas queixas, a Lei Alemã da Cadeia de Abastecimento entrou em vigor em 2023. O objetivo desta lei é melhorar a responsabilidade global das empresas alemãs. A partir de 2024 será aplicável a empresas com pelo menos 1.000 funcionários; No primeiro ano, as empresas com mais de 3.000 funcionários foram abrangidas pela regulamentação. A lei visa ter em conta toda a cadeia de abastecimento e analisar os riscos para os direitos humanos como parte das suas obrigações de devida diligência. A protecção ambiental também é uma questão: as empresas devem garantir que as suas cadeias de abastecimento são amigas do ambiente, a fim de evitar violações dos direitos humanos. Mais sobre isso no Governo Federal.
Deveres e responsabilidades
As empresas devem garantir que os seus fornecedores não violam os direitos humanos – isto inclui fornecedores diretos e indiretos. De acordo com a nova lei, eles são obrigados a tomar medidas preventivas e corretivas, fornecer opções de reclamação e reportar regularmente sobre as suas atividades. Em caso de violação, deverão agir imediatamente. Isto não só oferece segurança jurídica, mas também cria condições de concorrência justas para empresas que operam de forma sustentável. Cerca de 900 empresas na Alemanha são afetadas e o Gabinete Federal de Economia e Controlo de Exportações (BAFA) está a verificar a conformidade com os regulamentos. As empresas estrangeiras com sucursal neste país também têm de cumprir a lei.
Mas qual é o papel da Mercedes-Benz neste ambiente? Gleichauf ressalta que a reivindicação de produtos sem violações dos direitos humanos faz parte da identidade da marca. Isto não se faz apenas por um comportamento responsável, mas também porque a pressão das expectativas sociais e a crescente sensibilidade dos consumidores são enormes. Os jovens, por exemplo, demonstram grande interesse pelas questões de sustentabilidade e desempenham um papel cada vez mais importante na formação do mercado. Gleichauf vê a comunicação intercultural e o pensamento analítico como essenciais para o trabalho do oficial de direitos humanos. Quem trabalha nessa interface também deve desenvolver o sentimento de equipe e de interação de todos os envolvidos.
A expectativa
Os desafios são grandes, mas a Mercedes-Benz mostra que é possível contribuir com uma posição clara e vontade de mudar. Apesar das deficiências da atual lei da cadeia de abastecimento, Gleichauf vê estes regulamentos como implementáveis. Ele acredita que as empresas não devem esperar pela pressão legal para cumprir as suas obrigações em matéria de direitos humanos. Como parte da responsabilidade global, é essencial que empresas como a Mercedes-Benz assumam um papel pioneiro. A constatação de que as pessoas ficam muitas vezes gratas quando os riscos para os direitos humanos são levados ao seu conhecimento pode ser a chave para políticas empresariais sustentáveis e justas. Esta convicção é certamente a razão pela qual Gleichauf e a sua equipa estão empenhados neste desafio com empenho e determinação.
No contexto dos desenvolvimentos internacionais, fica claro: a sustentabilidade e os direitos humanos não são tendências, mas sim obrigações que estão no ADN de cada empresa. A viagem é o destino e a Mercedes-Benz parece estar a encarar isso com um objetivo claro em mente. A informação e a sensibilização são fundamentais, não apenas para as empresas, mas para a sociedade como um todo. Os relatórios de tais esforços podem ajudar a aumentar ainda mais a sensibilização.